468x60

Clichê de besterol americano.

quarta-feira, abril 18, 2012
De todos os amores que pudessem surgir dentro de mim era daquele que eu mais tinha medo. Era um clichê doce nas comédias românticas e devastador na vida real. Lá estava eu, olhando-o como sempre fizera, querendo-o como nunca havia tentado antes. Se é verdade que toda nossa vida é feita de clichês, eu poderia viver de todos, menos desse. A questão é que, se pensarmos bem, não há mais ninguém por quem se deve apaixonar se não aquele que melhor te conhece, melhor te gosta, melhor te ama. Milhares podem gostar de mim, mas nenhum terá tanto carinho quanto aquele que é meu melhor amigo. Mas não BFF, não best friend, não melhor! Aquele que é quase um irmão e damos graças todos os dias por, no final, na ponta do lápis, não ser. Cada um vive dizendo que essa "melhor amizade" existe em vários amigos. Só que no fundo eu sei que, no meu caso, só ele realmente era digno de tal nomeação. Não importava o quanto eu quisesse correr dele. Eu corria, tentava enganar a mim mesma dizendo que aquele amor era só uma invenção. Eu mentia para mim mesma tentando me convencer de que a mentira era o amor. Só que era verdade. Fui me apaixonar pela única pessoa que não poderia. Não por ele não gostar de mim, exatamente pelo contrário: Ele gosta! Mas eu amo. E talvez ele me ame também, mas em outro nível, outra repartição, outro sentido. E só há uma coisa pior do que viver sem o amor dele: Viver sem a sua amizade. De todos os clichês de "besterol americano", eu fui interpretar na vida real justamente o mais perigoso deles. Fazer o quê? Clichês existem por uma simples razão: Eles funcionam.

1 comentários:

  1. Tiff disse...:

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Postar um comentário